31 julho 2006

From Yesterday...

... when you seemed so far away.
Ela murmurava: “Eu preciso te falar, te encontrar de qualquer jeito. P’ra sentar e conversar, depois andar de encontro ao vento. Eu preciso te tocar e outra vez te ver sorrindo… (…)”

Quando ouviu: “Eu só cá vim para ver uma pessoa… “
Na ansiosa precipitação de um olhar ao encontro de um som
surge, do nada, uma presença.
Uma imagem do imprevisto construída,
arrebatadora daquela nostalgia apática,
provocadora desta nostalgia sentida.
Uma imagem da plenitude roubada,
lembrança de momentos,
de esperança de vida.
Uma imagem…
Essa tua imagem dos acasos construídos,
os caracóis sobre a testa em desalinho [ entre as minhas mãos despidas],
dois olhos de silêncio esmeralda [ fogo do meu desejo],
a voz de sonhos gritada [música de tantas madrugadas].
Essa tua presença súbita,
de quem passa sem poder ficar,
de quem cala a alma com um grito,
de quem protege um segredo mal guardado…
Essa tua presença furtiva,
nítida de ausência na escuridão dos meus olhos.

29 julho 2006

Why???

"Empty spaces what are we living for
Abandoned places
I guess we know the score
On and on
Does anybody know what we are looking for
Another hero another mindless crime
Behind the curtain in the pantomime
Hold the line
Does anybody want to take it anymore
The show must go on (...)"

26 julho 2006

J.M.U ...

"(...) Was I friendly?
Or was I bragging?
And did I start to bore you?
Was I charming?
Or was I absent?
Did I even say goodnight? (...)"
"(...) Fill me up lets take a ride
From your mouth into my mind
Cause I grow weary from this trip I'm on
And the ride keeps getting longer (...)"

19 julho 2006

The King...

"(...) Once I had, a little game
I liked to crawl back into my brain
I think you know the game I mean
I mean the game called 'go insane'
Now you should try this little game
Just close your eyes forget your name
Forget the world forget the people
And we'll erect a different steeple
This little game is fun to do
Just close your eyes no way to lose
And I'm right there I'm going too
Release control we're breaking through
(...)

I am the Lizard King
I can do anything! (...)"

18 julho 2006

F. Nietzche


"É preciso manter o caos dentro de si para dar à luz uma estrela dançante"

13 julho 2006

Da lucidez...

“Deitado em um canto chorou toda dor que o faz sofrer. Numa graça repentina sentiu o alívio dos que pensam ser livres, mesmo sabendo que seria momentâneo. Buscava forças em algo - precisava sentir que seria compreendido. Chorou e gritou sem se preocupar com os que viam e ouviam. Sua aflição insistente permanecia como se já fosse parte de sua miserável existência. Sonhou com uma vida de glórias e sorrisos e agora se via ali (...) Sabia o por quê chorava e se orgulhava de saber. Via cada gota de suas lágrimas como resquícios da sabedoria que havia adquirido até então. Surpreendeu-se quando entendeu que ali, naquele momento era único: único homem, única força, única resposta. Enxugou as lágrimas e, com algum esforço, postou-se em pé. Soltou um longo suspiro demonstrando-se exausto de tanto lamentar ter nascido. Seus olhos voltaram a lacrimejar, mas agora por sentir que aquilo não o tornara fraco, mas forte o suficiente para continuar traçando linhas de conhecimentos (...) e formando mais homens que, assim como ele, choram por serem lúcidos."

12 julho 2006

... to you

(July, 11)
"Não falei contigo
Com medo que os montes e vales que me achas
Caissem a teus pés
Acredito e entendo
Que a estabilidade lógica
De quem não quer explodir
Faça bem ao escudo que és

(...)
Desconfio que ainda não reparaste
Que o teu destino foi inventado por gira-discos estragados
Aos quais te vais moldando
E todo o teu planeamento estratégico de sincronização,
Do coração, são leis como paredes e tectos
Cujos vidros vais pisando

Anseio o dia em que acordares por cima
De todos os teus numeros,
Raizes quadradas,
De somas subtraídas,
Sempre com a mesma solução
Podias deixar de fazer da vida um ciclo vicioso,
Harmonioso,
Ao teu gesto mimado
E à palma da tua mão

(...)
Desculpa se te fiz fogo e noite
Sem pedir autorização por escrito
Ao sindicato dos Deuses
Mas não fui eu que te escolhi
Desculpa se te usei
Como refúgio dos meus sentidos
Pedaços de silêncios perdidos
Que voltei a encontrar em ti.

É que hoje acordei e lembrei-me
Que sou mago e feiticeiro...

(...)
Ainda magoas alguém... (...)"


***...Happy Birthday...***

09 julho 2006

Entre tantas... alucinação última

Death end
“Paciência, humildade e resignação são virtudes apenas quando nossa impotência é evidente.”
Never Look back!

07 julho 2006

Entre tantas... alucinação 3ª

Psicopatologia emocional
... da crença, do amor...
“I don’t know how or where to start…
Here we are falling again.
And I know now from where we are
That our road has come to an end
Though we’ve got this far, I don’t know how
But I still can’t see who you are (…)”
Porque a crença não supõe provas racionais ou empíricas, antes baseia-se na alucinação psíquica do crer cego no irreal.
Falamos de excesso, o excesso da crença na verdade relacional sem base empírica. Um excesso construído da necessidade do Outro, da fuga à angústia e à ansiedade na ambivalência que as nega pela externa e interna (tentativa de) afirmação da independência emocional e psíquica.
Introjectado, o objecto torna-se parcial pela projecção do mal no exterior numa constante construção de explicações irreais para os comportamentos não congruentes à parte objectal aceite… clivagem massiva de afectos; se é prazeroso foi provocado pelo objecto, se é angustiante ou doloroso é responsabilidade de agentes externos independentes da vontade do Outro.
Na vivência da fantasia entre o objecto parcial internalizado e os objectos internos surge a segurança e o conforto que falsamente aniquilam o medo e o temor; uma segurança sabida irreal mas vivida como certa… a aceitação da realidade defensivamente negada é demasiado destrutiva para um self precariamente estruturado.
E assim surge o relacional ambivalente: do querer porque se necessita provar a realidade do irreal e do não querer porque se sabe da irrealidade do real.
A vivência de uma ilusão semi-consciente na qual os impulsos do id imperam aniquilando a força moral e social do super-ego… mas a presença imponente das imposições desta instância juiz não cessa e o conflito psíquico é doloroso… como é agradável a construção ilusória…
Solução: integração da totalidade objectal da qual resultará o despojamento do mesmo por intolerância à sua totalidade a qual será sentida como uma traição frustrante ao self.
Resultado: activação de mecanismos de defesa… clivagem, repressão, negação… de bestial a besta… tentativa fracassada, a emoção supera a racionalidade… ele continua psicoafectivamente parcial e real!
Conclusão: os dados sugerem a existência de sintomatologia psicopatológica no decurso de qualquer processo emocional idealizado e, quiçá, unilateral.
A consciência da inconsciência é sempre um passo... em frente.
Demasiados disparates?... Alguém teve paciência psicológica para chegar até aqui?
Demasiado confuso?... Tinha todo o tempo do mundo…

03 julho 2006

Da modéstia...

" Quem fez da modéstia uma virtude esperava que todos passassem a falar de si próprios como se fossem idiotas. O que é a modéstia senão uma humildade hipócrita, através da qual um Homem pede perdão por ter as qualidades e os méritos que os outros não têm? "