30 janeiro 2007

From Rhaunen

25 janeiro 2007

nightmares

"Quando me perguntam de onde vem minhas idéias, respondo que se originam de meus próprios pesadelos, mesmo quando não estou dormindo."

22 janeiro 2007

Abraço

E de novo… devaneios de loucura contida, encontrada onde o espaço perde a forma e o tempo cristaliza…
E, em rasgos de uma monotonia tão familiar, surge a união entre a dor e a vergonha nesse abraço que me envolve e me entranha neste abismo vazio onde me perco… e mais um abraço sinistro… mais um abraço que termina naquele beijo rasante que furtivamente me engole o ser numa inércia mortal…
Porque tudo está bem até à chegada do espasmo dilacerante que me mutila e empurra para a escuridão na qual agora me encontro…porque tudo são sombras disformes… porque tudo é abandono encontrado…porque tudo são trevas incontornáveis. Preciso estar só, preciso de mim!... preciso de mim sem me encontrar… onde estou? Que titã força divina consegue tal mutilação existencial?...
Sinto-me presa… ironicamente acorrentada num cambaleante corpo que não é meu, numa irrecusável vontade que não me pertence, numa estranha cidade onde não sou, num disforme agir que não comando, num lúgreme pensamento que não controlo… porque sinto que já nada me pertence… mesmo a vida que, teimosamente, insisto em viver… também essa não é minha!
E queria gritar mas não tenho voz, queria chorar mas não tenho lágrimas, queria fugir mas não tenho força… queria desistir mas não tenho coragem!
Mais um dia, mais uma noite, mais uma hora, mais um minuto, mais um segundo…mais, e mais, e mais…
Daqui a pouco o cansaço acabará por vencer a dor, os olhos irão ceder cegos à escuridão, o corpo tornar-se-á latente… e amanhã, quem sabe… talvez a bruma se dissipe e eu acorde novamente num mundo encantado de sorrisos espontâneos… ou quem sabe as trevas ganhem força e me envolvam para sempre na sua total escuridão.
Perto da loucura? Talvez…
Porque nem todas as histórias têm um final feliz.

15 janeiro 2007

Do amar

"Amo a liberdade; por isso, as coisas que amo solto-as livremente. Se um dia voltarem pra mim, é porque realmente as conquistei, senão é porque nunca foram minhas."

13 janeiro 2007

(Des)encontros

"Na caminhada nocturna, as estrelas da saudade são a calçada que piso, percorro as avenidas do meu pensamento, procuro-te em mim, invento o som dos meus passos e sigo os teus, dobro a esquina do teu olhar, vislumbro a fachada da tua essência, e sem bater à porta, entro em ti.(...)
Quando cessa a magia, a lucidez invade a madrugada infinita de prazeres inventados, perco-me no confuso emaranhado de vielas que nos separam, esfuma-se o mapa que tracei até ti, desapareço ao fundo da rua das tuas ilusões, abandono o sonho, mas não te deixo sozinho, ofereço-te todos os momentos vividos, as palavras deitadas ao vento, e o último amanhecer da sombra da minha mão, fazendo-te adeus."

09 janeiro 2007

Puppet Woman

"(...) Come crawling faster
Obey your master
Your life burns faster
Obey your master
Master os Puppets I'm pulling your strings
Twisting your mind and smashing your dreams
Blinded by me you can't see a thing
Just call my name 'cause I'll hear you scream
Master
Master (...)"

Confusão,
Dilaceração,
Alucinação,
Mutilação…
Pedem-me o específico, o certo, o concreto sem nunca perceberam que tal lucidez é inatingível por ser inexistente.
Quando cornucópias de azul celeste dançam em rodas à volta da Morte, esta deixa de ter onde se aninhar, perde aquela alma que deveria conhecer e, entre a Luz e o Limbo, a Vida passa a ser difusa, desfocada e sustida apenas por fios multifacetados de nylon púrpura por entre os quais a própria Existência brinca de adaga na mão.
E a tal alma, o tal ser, perdido entre a Luz e as Trevas vagueia escondido de tudo e de todos numa tentativa de fuga constante, numa procura incessante de algo indefinido.
Também ele suspenso por pequenas cordas bamboleantes de medo, é constante na fúnebre penumbra na qual não vê luz ou referência. Marioneta da supremacia existencial, tenta controlar o que não é controlável ficando para sempre perdido, vagando entre o Céu e o Inferno, rodeado de sombras e fantasmas… demasiado fraco para a vitória, demasiado forte para a derrota…
Porque a dor pode ser vivida de forma criativa… Mais uma noite… sempre mais uma noite, até amanhã.

05 janeiro 2007

Post it

"Words like violence
Break the silence
Come crashing in
Into my little world
Painful to me
Pierce right through me
Can't you understand?
(...)
Vows are spoken
To be broken
Feelings are intense
Words are trivial
Pleasures remain
So does the pain
Words are meaningless
And forgettable
(...)
Words are very unnecessary
They can only do harm
Enjoy the silence."
Esqueçer,
Desculpar,
Não ligar,
Não interessar,
IGNORAR!
So let it be written,
So let it be done!

03 janeiro 2007

Ups...

Alone again...
naturally!
.
...And a happy new year!...