24 janeiro 2006
23 janeiro 2006
21 janeiro 2006
17 janeiro 2006
12 janeiro 2006
A carta
“(…) tenho sentido a tua ausência nas palavras que não te escrevo. (…) Nas palavras que quero dizer. (…)
Na altura em que acordavas a meu lado, por vezes achei que tinha tudo por garantido e descurei de elaborar versos com as nossas vidas. (…).
Nessa altura achava que dizer
- adoro-te
Era suficiente para ti, pois nunca aceitarias nada que tivesse maior extensão que aquele microsegundo em que me ouvias e fingias acreditar. Por vezes abraçados à vida no cheiro de um e outro confundidos na pele respondias na inevitável repetição do
- também te adoro
E o meu peito, buscando forças para acreditar no que dizias, sorria. Dali a um pouco, deixar-te-ia. (…)
(…) aspirando ter oportunidade (…) numa outra noite em que dissesses
- adoro-te
E eu, abraçado à vida, no cheiro de um e outro confundido na pele, pudesse responder-te na inevitável repetição de
- também te adoro.
Sabíamos que eram pequenas verdades como estas que nos davam forças para continuar a nossa grande mentira. (…)”
Na altura em que acordavas a meu lado, por vezes achei que tinha tudo por garantido e descurei de elaborar versos com as nossas vidas. (…).
Nessa altura achava que dizer
- adoro-te
Era suficiente para ti, pois nunca aceitarias nada que tivesse maior extensão que aquele microsegundo em que me ouvias e fingias acreditar. Por vezes abraçados à vida no cheiro de um e outro confundidos na pele respondias na inevitável repetição do
- também te adoro
E o meu peito, buscando forças para acreditar no que dizias, sorria. Dali a um pouco, deixar-te-ia. (…)
(…) aspirando ter oportunidade (…) numa outra noite em que dissesses
- adoro-te
E eu, abraçado à vida, no cheiro de um e outro confundido na pele, pudesse responder-te na inevitável repetição de
- também te adoro.
Sabíamos que eram pequenas verdades como estas que nos davam forças para continuar a nossa grande mentira. (…)”
10 janeiro 2006
scarecrow
"(...) Vi aquele espantalho, aquele homem de palha e madeira (...) numa curvada dança de lamento, as atadas mãos de palha sobre as orelhas que não tinha. (...)
Aquela criatura, aquele espantalho, estava louco de sofrimento e dor, baloçando e gemendo apesar de ser um som que nenhum ser humano poderia ter ouvido.
Voltou-se (...) estendeu-me a mão. Levantou os braços de palha (...). Ele - aquilo - implorou-me (...).
Depois (...) correu para mim, através da erva enlameada, e a súplica saiu dele, brotou dele, pelos braços, enquanto me olhava (...).
Virei-lhe as costas (...).
Afastei-me caminhando silenciosamente (...).
Corri pelos carreiros rochosos (...) até estar longe, muito longe dele (...)
Nunca mais vi a criatura de palha. Não sei o que era. Não quero que me faças perguntas a seu respeito. (...)"
Aquela criatura, aquele espantalho, estava louco de sofrimento e dor, baloçando e gemendo apesar de ser um som que nenhum ser humano poderia ter ouvido.
Voltou-se (...) estendeu-me a mão. Levantou os braços de palha (...). Ele - aquilo - implorou-me (...).
Depois (...) correu para mim, através da erva enlameada, e a súplica saiu dele, brotou dele, pelos braços, enquanto me olhava (...).
Virei-lhe as costas (...).
Afastei-me caminhando silenciosamente (...).
Corri pelos carreiros rochosos (...) até estar longe, muito longe dele (...)
Nunca mais vi a criatura de palha. Não sei o que era. Não quero que me faças perguntas a seu respeito. (...)"
07 janeiro 2006
05 janeiro 2006
Momento
Quem amo não existe.
Vivo indeciso e triste.
Quem quis ser já me esquece
Quem sou não me conhece.
E em meio disto o aroma
Que a brisa traz me assoma
Um momento à consciência
Como uma confidência. "
02 janeiro 2006
Miss...place...the
“Huddled in the safety of a pseudo silk kimono
Wearing bracelets of smoke, naked of understanding.
Nicotine smears long, long dry tears, invisible tears.
Safe in my own words, learning from my own words,
Cruel joke, cruel joke.
Huddled in the safety of a pseudo silk kimono
A morning mare rides, in the starless shutters of my eyes.
The spirit of a misplaced childhood is rising to speak his mind,
To this orphan of heartbreak, disillusioned and scarred,
A refugee, a refugee. “
Wearing bracelets of smoke, naked of understanding.
Nicotine smears long, long dry tears, invisible tears.
Safe in my own words, learning from my own words,
Cruel joke, cruel joke.
Huddled in the safety of a pseudo silk kimono
A morning mare rides, in the starless shutters of my eyes.
The spirit of a misplaced childhood is rising to speak his mind,
To this orphan of heartbreak, disillusioned and scarred,
A refugee, a refugee. “
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