28 abril 2006
24 abril 2006
Da insegurança
“(…) Não acontecer nada é bom. Estendo-me na cama e caminho devagar pelos corredores da memória. Se uma pessoa é aquilo de que se lembra então eu sou muito pouco (…).
Se juntasse todas as recordações da minha infância conseguiria escrever, no máximo, meia dúzia de páginas. Há personagens literários com mais memória que eu. Seguro-me, todavia, a essas escassas lembranças, com a firmeza de um náufrago a uma tábua estreita, porque nos dias de chuva ou nas tardes mortas (…) são elas que me explicam e me sustentam.
(…) Fora do tempo não tenho tanto medo. Estendida numa cama alheia, numa cápsula branca a flutuar no espaço, posso fingir que tenho o comando dos dias. Acelero. Abrando. Volto atrás para estudar melhor um pormenor. Apago uma cena que não gostei.
Fecho os olhos e penso: preciso mudar de perfuma. Preciso comprar um vestido para o Verão.
Penso: amanhã é o primeiro dia do resto da minha vida.”
Se juntasse todas as recordações da minha infância conseguiria escrever, no máximo, meia dúzia de páginas. Há personagens literários com mais memória que eu. Seguro-me, todavia, a essas escassas lembranças, com a firmeza de um náufrago a uma tábua estreita, porque nos dias de chuva ou nas tardes mortas (…) são elas que me explicam e me sustentam.
(…) Fora do tempo não tenho tanto medo. Estendida numa cama alheia, numa cápsula branca a flutuar no espaço, posso fingir que tenho o comando dos dias. Acelero. Abrando. Volto atrás para estudar melhor um pormenor. Apago uma cena que não gostei.
Fecho os olhos e penso: preciso mudar de perfuma. Preciso comprar um vestido para o Verão.
Penso: amanhã é o primeiro dia do resto da minha vida.”
15 abril 2006
13 abril 2006
05 abril 2006
M. fox
Porque ontem te perdi…
E hoje te senti
num momento tão pálido como tantos outros…
Porque a inexistência de respostas me permitiu viver o que quis…
E hoje te senti
num momento tão pálido como tantos outros…
Porque a inexistência de respostas me permitiu viver o que quis…
“O coração da raposa é quase terno.
Para o conseguir, falta-lhe um átomo: a milionésima parte do que fareja numa gota de chuva”.
03 abril 2006
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