14 setembro 2008

Armand 'n Lestat - the embrace

“(…) Olhei para Lestat, que não se movera, o cabelo um pouco acido sobre o ombro esquerdo, tal como dantes(…).Lentamente, afastei-lhe o cabelo com maior ternura e apercebi-me numa silenciosa perturbação que uma das minhas lágrimas lhe caía sobre o rosto.Era vermelha, porém aguada e transparente (…).Todo o peso dos seus desgostos me parecia inimaginável, no meu espírito, a sua noção expandia-se para incluir a tragédia de todos nós, daqueles que matam para viver e que prosperam na morte, mesmo quando a própria Terra a decreta, que são amaldiçoados com esse conhecimento e que sabem de que modo tudo aquilo que nos alimenta agoniza lentamente, deixando de existir. (…).Lentamente, encostei os lábios à sua pele pálida e acetinada, respirando o inconfundível cheiro e sabor, doce e indefinido, profundamente intimo, formado por todos os seus dons físicos e por aqueles que depois lhe foram conferidos, enfiando-lhe os meus caninos aguçados pela pele, de modo a provar o seu sangue. (…).Era espesso como mel, de sabor profundo e forte, um xarope para os anjos. (…).A cada lenta batida do seu coração saía outra golfada, de modo que tinha a boca repleta e a garganta involuntariamente inchada. O som do seu coração tornava-se mais alto, enchendo-se a minha visão de uma neblina avermelhada(…).Lestat não se mexera. Sabia que não. (…)”
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- Anne Rice -

10 setembro 2008

In a lonely place

"One day you are going to lose everything you have. Nothing will prepare you for that day. Not faith... not religion...nothing. When someone you love dies, you will know emptiness... you will know what it is to be completely and utterly alone. You will never forget and never forgive. (...) So, if anything, at least take this lesson (...): think about what you have to lose. (...)"
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- John Bergin -
(The Crow)

09 setembro 2008

Violin

"(...) There is a man... playing a violin...
and the strings...
are the nerves in is own arm.(...)"
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- J. O'Barr -
(The Crow)

03 setembro 2008

Vós

“Ver-me-eis como a um condenado
Alguém a quem a sorte pôs ao lado
No tribunal da vida a ser julgado
Sozinho no mundo sem ser amado
Olhar-me-eis como quem foge da morte
Como se assim vos sentísseis mais forte
Num pedestal bem alto vos entronaste
Nessa surda realidade que sempre desejaste
(…)
Vós de mãos escondidas nesses trajes de mentiras
Que sorriem quando a natureza fazem em fatias
Vós de passos largos que afinal nunca subiram
Que veneram deuses que nunca viram
Vós que sois como eu vos vejo
Vós que da vida fazeis o vosso desejo
Sois apenas e só a quem eu digo
Mortal é todo aquele incompreendido.”
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- Afonso Pedro -