21 outubro 2005

...mas vem...


Vem…
Doce perigo iluminado onde o arco-íris matiza de cor a noite
Vem…
Catedral de ilusões onde o sonho se encontra com a realidade
Vem…
Sedenta esperança reencontrada onde a inércia ficou esquecida
Vem…
Inquieto frenesim da alma onde o corpo se movimenta
Vem…
Audaciosa prisão escolhida onde os pássaros se entregam
Vem…
Vem…
Mas não fiques…
Não te instales em mim...
Apenas vem…
Porque o arco-íris ficaria cinzento de dor,
Na realidade encontrar-se-ia o pó desse sonho destruído,
A inércia seria a constante de um corpo cuja alma ficaria reduzida,
E os pássaros…esses ficariam presos de sangue nas farpas dessa gaiola irreal.
Não fiques…
Apenas vem…
Porque se ficares eu vou...
Mas vem!

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