07 março 2006

Até amanhã

“(…) There’s vultures and thieves at your back
And the storm keeps on twisting
You keep on building the lie
That you make up for all that you lack
It don’t make no difference
Escaping one last time
It’s easier to believe (…).”
Porque queriam algo meu… algo que não existe ou algo que se perdeu…
Porque existia um caminho que não segui, uma lição que não aprendi, uma redoma que não aceitei, um conselho que não ouvi, uma mão que não apertei…
Porque existia…
Um silêncio onde gritei, um colo de onde fugi, uns olhos nos quais morri,
Porque existia…
E tudo ficou suspenso num tempo teimoso de mudez e frustração, parado num espaço fiel à escuridão e à ausência…
Tudo permanece… estático, austero, lúgreme, cruel, vazio, perdido e fantasticamente irreal.
E hoje tudo corre, onde não existe estrada; tudo fala, onde não existe som; tudo dorme, onde não existe noite; tudo fica, onde não existe tempo; tudo sente… onde não existe amor.
E há algo que fere, algo que dói, algo que rouba… algo que mata.
E alguém chora em lágrimas perfeitas de disfarce,
Alguém grita em palavras silenciadas de dor,
Alguém pede em gestos complacentes de saudade,
Alguém morre em sonhos de ser abandonados.
Eu sabia… eu avisei-te…
Sempre tudo…até amanhã…porque amanhã é outro dia.

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