07 julho 2006

Entre tantas... alucinação 3ª

Psicopatologia emocional
... da crença, do amor...
“I don’t know how or where to start…
Here we are falling again.
And I know now from where we are
That our road has come to an end
Though we’ve got this far, I don’t know how
But I still can’t see who you are (…)”
Porque a crença não supõe provas racionais ou empíricas, antes baseia-se na alucinação psíquica do crer cego no irreal.
Falamos de excesso, o excesso da crença na verdade relacional sem base empírica. Um excesso construído da necessidade do Outro, da fuga à angústia e à ansiedade na ambivalência que as nega pela externa e interna (tentativa de) afirmação da independência emocional e psíquica.
Introjectado, o objecto torna-se parcial pela projecção do mal no exterior numa constante construção de explicações irreais para os comportamentos não congruentes à parte objectal aceite… clivagem massiva de afectos; se é prazeroso foi provocado pelo objecto, se é angustiante ou doloroso é responsabilidade de agentes externos independentes da vontade do Outro.
Na vivência da fantasia entre o objecto parcial internalizado e os objectos internos surge a segurança e o conforto que falsamente aniquilam o medo e o temor; uma segurança sabida irreal mas vivida como certa… a aceitação da realidade defensivamente negada é demasiado destrutiva para um self precariamente estruturado.
E assim surge o relacional ambivalente: do querer porque se necessita provar a realidade do irreal e do não querer porque se sabe da irrealidade do real.
A vivência de uma ilusão semi-consciente na qual os impulsos do id imperam aniquilando a força moral e social do super-ego… mas a presença imponente das imposições desta instância juiz não cessa e o conflito psíquico é doloroso… como é agradável a construção ilusória…
Solução: integração da totalidade objectal da qual resultará o despojamento do mesmo por intolerância à sua totalidade a qual será sentida como uma traição frustrante ao self.
Resultado: activação de mecanismos de defesa… clivagem, repressão, negação… de bestial a besta… tentativa fracassada, a emoção supera a racionalidade… ele continua psicoafectivamente parcial e real!
Conclusão: os dados sugerem a existência de sintomatologia psicopatológica no decurso de qualquer processo emocional idealizado e, quiçá, unilateral.
A consciência da inconsciência é sempre um passo... em frente.
Demasiados disparates?... Alguém teve paciência psicológica para chegar até aqui?
Demasiado confuso?... Tinha todo o tempo do mundo…

Nenhum comentário: