31 julho 2006

From Yesterday...

... when you seemed so far away.
Ela murmurava: “Eu preciso te falar, te encontrar de qualquer jeito. P’ra sentar e conversar, depois andar de encontro ao vento. Eu preciso te tocar e outra vez te ver sorrindo… (…)”

Quando ouviu: “Eu só cá vim para ver uma pessoa… “
Na ansiosa precipitação de um olhar ao encontro de um som
surge, do nada, uma presença.
Uma imagem do imprevisto construída,
arrebatadora daquela nostalgia apática,
provocadora desta nostalgia sentida.
Uma imagem da plenitude roubada,
lembrança de momentos,
de esperança de vida.
Uma imagem…
Essa tua imagem dos acasos construídos,
os caracóis sobre a testa em desalinho [ entre as minhas mãos despidas],
dois olhos de silêncio esmeralda [ fogo do meu desejo],
a voz de sonhos gritada [música de tantas madrugadas].
Essa tua presença súbita,
de quem passa sem poder ficar,
de quem cala a alma com um grito,
de quem protege um segredo mal guardado…
Essa tua presença furtiva,
nítida de ausência na escuridão dos meus olhos.

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